Bancários de MT lutam em defesa do Saúde Caixa e Cassi
20/06/2018
Preocupados com os ataques do governo às assistências médicas das estatais, os funcionários do Banco do Brasil e dos empregados da Caixa Econômica Federal em defesa dos respectivos planos de saúde: Cassi e Saúde Caixa, se mobilizaram nesta quarta-feira (20/06) em todo o país. Em Cuiabá, o protesto foi concomitante com o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários de 2018.
O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso distribuiu um boletim especial com o tema “Defesa da Cassi”, laborado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), órgão auxiliar da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na organização dos funcionários e negociações com o banco. E, ainda realizaram reuniões nas agências do BB.
Já, os empregados da Caixa vestiram branco para mostrar a união e contrariedade da categoria à alteração no modelo de custeio do Saúde Caixa. A atividade é parte da intensificação da campanha “Saúde Caixa: eu defendo”, definida pelas entidades representativas do pessoal da Caixa durante o mês de junho. A intensificação vai até a primeira semana de julho, quando o Saúde Caixa completa 14 anos.
Saúde Caixa
Desde 2004, a Caixa paga 70% das despesas assistenciais do Saúde Caixa e os usuários os outros 30%. As resoluções publicadas pelo Governo e a recente alteração no estatuto da Caixa estipulam o limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação do banco nessas despesas, à revelia do que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
“Todos os planos de saúde das empresas públicas estão com o mesmo problema, pois essa determinação do Governo Temer de estabelecer um teto para despesas médicas, afeta os empregados do Banco do Brasil, do BNDES, da Petrobras, dos Correios e das demais empresas públicas”, observou o diretor do Seeb e funcionário da Caixa, Luiz Edwirges.
O secretário de finanças do SEEB/MT e presidente da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de Mato Grosso - Apcef/MT, John Gordon Ramsay, “Essas medidas do governo deixarão o Plano mais caro, inviabilizando, em especial, para os aposentados, inviabilizando o nosso plano de saúde. Não podemos permitir que isso aconteça”, frisa Gordon.
Cassi
As atividades no BB seguiram orientações CEBB, que foram aprovadas nas reuniões preparatórias e das resoluções do 29º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.
“O custeio e a governança da Cassi são de responsabilidade estatutária de quem paga a conta – o banco e os associados. Qualquer mudança no estatuto depende de negociação entre as duas partes para depois levar à aprovação do Corpo Social”, informa o boletim distribuído aos funcionários e clientes do banco.
O texto explica ainda que o “BB resolveu atropelar este processo. Quer impor aos diretores e conselheiros da Cassi uma decisão que não cabe a eles. Ao mesmo tempo, assedia os funcionários para apoiarem uma proposta que corta direitos, aumenta contribuições dos associados e reduz as do banco, implanta voto de minerva a favor do BB e entrega duas diretorias ao mercado, reduzindo a participação dos associados a um terço”.
Com informações da Contraf-CUT
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